sábado, 20 de outubro de 2007

Texto para minha alma

Nunca me vi tão livre como me vejo agora. Nunca me vi tão humano, demasiado humano. Tenho em mãos uma confiança, uma liberdade e uma auto-afirmação inxtirpável para falar isso de mim.

20 anos de luta, de solidão, de pesquisas, de imtrospecção, de desejos passionais e vontade para tornar isso que sou hoje.

E o que sou hoje?

Apenas um ser humano que necessita realizar determinadas ações para me sentir da maneira desejada. Procuro trabalho para me sentir realizado e manter as conversas com a minha mente pelo menos amigáveis. Procuro ter meus momentos de solidão para me sentir mais como indivíduo. Procuro sonhar - ainda que mantendo os pés nos chão - para enxergar o meu presente de uma forma otimista.

Tudo isso me torna humano. Doma o Animal e humilha o Deus que vivem dentro de mim (isso se chama humildade como nós a conhecemos hoje). Necessito de componentes, ingredientes para causar efeito. Isso é magia que necessita de um ritual.

Os sábios se prendem à sabedoria, os filósofos e cientistas ao conhecimento, os Deuses ao próprio mundo e somentes os humanos encontram-se irresponsáveis de causa e efeito, ainda que seja uma condição para sua existência.

Grito em meu coração. Por alguns segundos não estou em castelo onírico e logo depois me escondo seguindo meus instintos sem ponderações.

15/10 22:00


"Liberdade, liberdade... 'não' amada! - Estar entregue aos instintos em tempos como os atuais, é uma fatalidade a mais. Esses instintos se contradizem, estorvam-se e se destroem entre si. A definição do moderno me parece estar em contradição fisiológica consigo mesmo. A educação exigiria que mediante em freio de ferro ficasse paralizada ao menos uma dessas forças de instintos para permitir ao outro manifestar sua força, fazer-se vigoroso, erigir-se amo. Hoje não se pode tornar o indivíduo possível a não ser circunscrevendo-o. Quando digo posível quero dizer completo. E se faz contrário a aspiração a independência, ao livre desenvolvimento, ao laisses aller, é mais ardente precisamente naqueles aos quais seria pouco qualquer freio, por mais severo que fosse. Isto é verdade na arte.... Nosso conceito de liberdade é mais uma prova da degeneração dos instintos."

Friedrich Wilhelm Nietzsche

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