sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Sou o tipo que desiste no meio do campeonato; Que desapaixona no auge do relacionamento; Que destrói o que deveria transformar; Que procura problemas onde deveria procurar soluções e que quando não está com pressa deixa de ser tudo isso.

Minha herança social me fez idealista, visionário, boêmio. Distante do revolucionário/anarquista sonho com uma causa qualquer, por um planeta que se torna universo, mas desejo um trago e um afago que me conforte no meio do caos da cidade de pedra.

Ando pelos dias desviando de pessoas como se fossem obstáculos. Tragédias e dramas me deixam indiferente, banalizado. Eventuais situações se tornam comédias para depois voltarem a indiferença e assim continuar este ciclo.

Vejo uma Terra em que deus é na verdade é um estado de consciencia e agora procuro válvulas de escape só porque a vida não é como eu quero. Jogo a toalha e desisto de lutar, mesmo que isso signifique minha derrota induzida, porque não quero mais competir e ter sempre que estar acima ou abaixo de alguém.

Sento e observo o tempo passar porque já não há lugar ou motivação alguma que me faça agir de forma diferente. Continuo seguindo para os lados porque, por enquanto, nada disso me afeta de outra forma que não a diretamente.

23/01/2008

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