segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Texto para uma alma

Sempre quis escrever algo que tocasse uma alma. Com isso, iludia-me pensando que tinha de criar algo só meu para assim ter uma obra-prima. Agora basta que eu toque uma alma. Qualquer uma.
Sempre me considerei um público para este grande teatro que é o mindo. Parecia que eu tinha uma grande ânsia em ser ouvido. Mas eu assisto os atores da peça expressando e vivendo seus personagens, sinto-me feliz por ter o que assistir e vejo a felicidade dos atores ao sentirem esse reconhecimento!
Também gosto de subir neste palco e fazer a minha peça. O que mais gosto no "teatro" é estar em cima do palco expressando o meu próprio personagem. Isso é algo muito gratificante.
Tanto faz se a casa está cheia. Pode ter apenas um casal ou um rapaz solitário, atuo sempre com a mesma beleza e gratificação. A alma a ser tocada não precisa ser alheia.
Gosto de estar sempre ensaiando. Os ensaios são tão divertidos quanto a peça que será encenada. Ele permite ter o controle da situação na hora certa, e assim fica mais fácil representar o papel na hora da apresentção.
Tenho uma admiração peculiar por monólogos. Tanto como público, como ator. Isso me torna despreocupado de erros alheios e permite a improvisação com mais liberdade.
Essa é a sensação de tocar uma alma. Um mixto de gratificação e surpresa. Uma recompensa que chega inopinadamente e sem anúncio.
03/09/2007 8:27
pedro henrique alves

Um comentário:

Pam disse...

Você é ator e não me disse nada? Quer dizer que você é um conhecedor das máscaras, personas e fragilidades personificadas da alma humana e não em diz?

Beijinhos