sábado, 26 de abril de 2008

O novo

Quero chorar
Por ser algo que já não faço a bastante tempo.
Preciso de um novo para manter-me alegre,
É fundamental um novo sentimento.

A noite gera insônia
E o tempo leva dispersão.
A carência traz desejos
E os sentimentos, emoção.

A solidão não me traz consolo
E as companhias também não.
Já não desejos copos nem caretas
Nem doideras que me tornem malsão.

Já não ajo com certeza
E não sinto lógica em meu ser,
Não compreendo meus sentimentos
E o meu morrer no viver.

domingo, 20 de abril de 2008

Idílio

Sou etreno solitário
Procurando rimas aonde não existe
Sempre escrevendo, sou alegre
Quando deveria estar triste.

Sempre procurando algo
Que valha a pena:
Um idílio, uma droga
Qualque coisa que se assemelhe a um poema.

Viver é algo tão mundano
Tão terra, fogo, água e ar.
Que faz isso tudo tão estranho
E é por isso que quero só viver,
Sentir e não pensar.

É algo tão engraçado
Que me faz viver e observar
Ser um inteiro despedaçado
Uma lua refletida no mar...

21/04/008 2:07

Pedro Alves


edro alves

terça-feira, 8 de abril de 2008

Diário de uma fase de descobrimento (parte II)

A liberdade é branca. Alva como uma folha de papel. Quando experimentada deseja-se mais e mais. O cheiro é agridoce e a sensação é a de que você se tornou um Deus.
Não gera arrependimentos. As palavras vem como respostas súbitas. As consequências são as mesmas de qualquer outra ação: reação. E mais nada.
Lembro que qualquer coisa que eu quisesse, eu faria. Lembro que tudo estava energicamente no seu devido lugar e mais nada. Nada mais.
Depois é qualquer reação de qualquer euforia. Sim, é preciso saber lidar com isso. E não somente só com a liberdade, mas com qualquer outra coisa.
Descobri a terra na Terra.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Sou o poeta da geração de refrigerantes e cervejas. Sou o que necessita de vicíos para escrever por que preciso de alguma droga que acalme meus sentimentos. Ainda não aprendi a viver nesse mundo, não me acostumei com a tecnologia e com todos esses fios e chips que tornam mecanizados esses laços sentimentais que tenho com meu lado animal.
Sou o poeta da geração perdida que sem a cultura hipie ou um movimento estudantil com causa, é compelido a pensar no que fazer de sua vida.
Sou o poeta que não sabe para onde vai. Uma folha jogada ao vento e onde cair será o local de decompor-se. Sou o poeta não lirico de palavras subjetivas num mundo subjetivo. Tenho apenas a minha liberdade de expressão. Mais nada.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Nunca pensei

Nunca pensei que um dia sentiria isso de novo.
Não imagino a amplitude que isso tem em mim.
Não consigo de-finir com minhas palavras.
Diria que "até o tempo passa arrastado, só para eu ficar do seu lado"!

Nunca pensei que isso viria fora de uma paixão adolescente.
Não sei por quanto tempo vai durar.
O que me incomoda é não saber se é recíproco.
Diria que "eu preciso dizer que te amo, te ganhar ou perder sem engano"!

Nunca pensei em assumir um sentimento sem compromisso.
Acho que isso é maturidade.
Acho que não tenho certeza de nada.
Só tenho certeza da dúvida.

Nunca pensei que isso se tornaria um fim para meu objetivo.
Nem sei se sei esperar, dar tempo ao tempo,
Ou deixar rolar...